Nossa História
Na década de 40, quando a Segunda Guerra Mundial assolava a humanidade, um grupo de evangélicos se reunia em Belo Horizonte para discutir sobre a criação de uma Associação Evangélica que abordasse as precárias condições de saúde da população do Estado de Minas Gerais.
Na época, desejavam um local onde os evangélicos pudessem ser atendidos sem restrição, pois não era incomum na rede de saúde em geral, o paciente sofrer certo nível de preconceito quando a família se declarava evangélica.
Foi Rev. Paulo Freire de Araújo, pastor presbiteriano, quem mobilizou mulheres e homens cristãos de várias igrejas evangélicas – Luterana, Metodista, Presbiteriana, Assembleia de Deus, Cristã do Brasil, Batista, entre outras, para dar início ao Planejamento de uma Associação Evangélica Beneficente, para auxílio e amparo ao paciente de Minas Gerais. Sua primeira ata data de 1946.
Em 1947 a Prefeitura doa um terreno no bairro Cruzeiro e a recém-constituída AEBMG – Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais e seus sócios iniciam uma campanha para levantar recursos para construção do Hospital Evangélico Mineiro.
A planta desta empreitada foi elaborada por Alberto Mazzoni de Andrade.
Eram quatro pavimentos: térreo para a cozinha e lavanderia, segundo para administração, consultórios médicos e enfermaria de mulheres, no terceiro, enfermaria para homens e quarto, para bloco cirúrgico, laboratório e sala de radiologia. No total foram 96 leitos: 50% dos leitos destinados ao atendimento gratuito e 50% para atendimento pago.
No quarto andar teriam 12 leitos para contribuintes, no total de 108 leitos.
Contudo, este projeto foi abandonado, pois o terreno doado estava ocupado e não seria possível iniciar uma obra desta envergadura no local. Assim, foi devolvido à Prefeitura.
Assim, a instituição organizou ações de arrecadação de fundos, na capital e no interior, para aquisição de uma área maior. Desta vez, no Bairro Serra, onde é hoje a sede do Hospital Evangélico.
No início, a ideia era de um ambulatório convencional e um pequeno laboratório para exames de rotina, que atendesse os mais necessitados. No primeiro imóvel, na Avenida do Contorno, consultórios médicos e odontológicos foram instalados onde profissionais doavam seu tempo para atender pacientes vindos do interior e também da capital, onde o sistema de saúde era bastante precário.
O primeiro conceito de grupo organizado da AEB foi a criação de um hospital com foco no tratamento da tuberculose, uma doença que atingia grande parte da população e na época assombrava o Brasil com alta taxa de mortalidade.
Contudo, apesar da grande carência da região, a oportunidade de criar um Hospital geral foi abraçada pela comunidade apoiadora da causa, apesar do enorme desafio.
O projeto arquitetônico do Hospital Geral foi idealizado pelo arquiteto Pérides Silva e, com o apoio do Governo Alemão e Austríaco, as primeiras paredes foram finalmente erguidas.
Tendo como líder o Rev. Paulo Freire, o grupo construiu, além do ambulatório na Avenida do Contorno, a primeira parte do complexo Hospital Evangélico - Bloco Cirúrgico, Enfermaria e Maternidade, na Serra.
Juntamente com a criação do Hospital Evangélico a instituição abraçou outras causas sociais: a Escola de Enfermagem Friederike Fliedner- hoje, Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico, que recebia moças no modelo de internato, o Lar de Meninas - Lar Cristiana Deslandes. O modelo orfanato abrigava 30 meninas, além de uma casa para idosos – o Lar da Vovó.
A próxima etapa seria um ambulatório convencional e um pequeno laboratório para exames de rotina, que atendesse os mais necessitados. Pérides Silva, arquiteto responsável pelo projeto, pegava sua camionete e trazia água em tambores para a construção.
No ambulatório, o médico oncologista Célio Galante, então aspirante a doutor, lavava pipetas. Dr. Cristobaldo Motta de Almeida, Dr. Liberio, Dra. Leda Froes e Dr. Enoque foram os primeiros médicos a atender no ambulatório da Contorno.
Em razão da grande carência da região, a oportunidade de criar um Hospital geral foi abraçada pela comunidade apoiadora da causa, apesar do enorme desafio.
Com o apoio do Governo Alemão e Austríaco, foi possível investir mais no HE- Hospital Evangélico. Os médicos da época eram Dr. Evilázio , Dr. Libério. Dr. Hélio, Dr. Laércio e Dr. Josias, que mais tarde se tornou o Presidente da AEBMG.
Já no quarto ano de medicina, os estudantes Célio Galante, Ernane Furletti e outros residiam no Hospital – eram os chamados “internos”.
Nesta época – década de 60, a área mais forte do HE era a obstetrícia. A maternidade do Hospital Evangélico chegou a realizar mais de mil partos por ano.
De lá para cá a AEBMG vem crescendo em número de especialidades e em alcance geográfico. Hoje a instituição possui unidades em Belo Horizonte nos bairros Serra, Funcionários e Venda Nova e nos municípios de Contagem, Betim e Lagoa Santa. A cada semestre, se expande para novas áreas onde a necessidade da população é emergente.